sexta-feira, 19 de junho de 2009

Enquanto isso na camâra ...



O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) anda dando declarações interessantes na camâra em Brasília, como: "Esse pessoal tem que ficar no lixo da história, tem que dar graças a Deus que os militares naquela época impediram a esquerda de tomar o poder". Isso tudo em resposta à representação do PCdoB na camâra que protocolou um processo contra Bolsonaro por quebra de decoro parlamentar após o deputado colocar em sua porta um cartaz totalmente desrespeitoso contra a memória dos desaparecidos políticos da Guerrilha do Araguaia (1972-1975), o cartaz contem os dizeres "DESAPARECIDOS DO ARAGUAIA: QUEM PROCURA OSSO É CACHORRO". Mas do que uma ofensa contra os que morreram ali tentando defender a democracia e a justiça social, é um desrespeito contra a memória dos parentes dos assassinados pelas forças armadas.

Jair Bolsonaro:

É um militar político, que abertamente defende a ditadura militar e a tortura, vai contra as políticas de inserção social, chegou a dar declarações colocando preconceituosamente palavras contra as políticas indigenas e a cultura indigena.

Guerrilha do Araguaia:

A Guerrilha do Araguaia é como se costuma chamar um conjunto de operações guerrilheiras ocorridas durante a década de 1970 promovidas por grupos contrários ao Regime ditatorial militar de ultra-direita em vigor no Brasil.

O movimento foi organizado pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), oriundo de uma cisão no PCB. Na ilegalidade, entre 1966 e 1974.

O palco de operações se deu onde os estados de Goiás, Pará e Maranhão faziam fronteira. O nome foi dado à operação por se localizar às margens do rio Araguaia, próximo às cidades de São Geraldo e Marabá no Pará e de Xambioá, no norte de Goiás (região onde atualmente é o norte do Estado de Tocantins, também denominada como Bico do Papagaio).

Estima-se que participaram em torno de setenta a oitenta guerrilheiros sendo que, destes, a maior parte se dirigiu àquela região em torno de 1970.